• Fale conosco
  • controversiacatolica@gmail.com
OBJEÇÕES AO SEDEVACANTISMO II: RESPOSTA A UM TRADICIONALISTA
  • Publicado em 17/03/2018
  • Por Diogo Rafael Moreira

Recentemente publiquei um comentário em um vídeo de Carlos Nogué sobre o Papa Herético, no qual declarei que o vídeo continha um monte de meias-verdades e que o melhor a fazer seria, por caridade, excluí-lo. Então, como era de se esperar, apareceu um tradicionalista para denunciar os mal-entendidos deste sedevacantista aqui. Logo irritei-me com a linguajar e teimosia do contendente, que não se dava ao trabalho de explicar o que havia de errado com o meu argumento em si, mas sim criticava por meio de deboche a legitimidade mesma de fazer juízos sobre o assunto.

Ferveu-me o sangue admito, mas pouco depois resolvi concentrar-me nesse ponto que me pareceu uma objeção interessante. De fato, logo vi que este era o principal argumento dele e que seria interessante fazer algumas observações a respeito.

Escrevi algumas coisas acerca disso em retorno, mas ele não entendeu absolutamente nada, apear de ter admitido que leu linha a linha (mais uma prova de que ensino por correspondência é inferior ao presencial).

Por meio desta, então, trato de explicar de viva voz e a cores o que eu desejo que ele entenda pelo amor de Deus e da Santa Igreja.

O argumento é quase uma paráfrase do Quem sou eu para julgar?, o motto de Jorge Mario Bergoglio sobre os sodomitas. O fiel, reza a lenda, possui competência autoridade para aplicar os ensinamentos da Tradição aos papas de hoje. Fazer uso dos Doutores da Igreja para declarar que Francisco não é Papa, seria o mesmo que fazer "livre exame da Tradição" e, pior, julgar o Vigário de Cristo na Terra, contradizendo o cânon 1556 (A Primeira Sé não pode ser julgada por ninguém - Prima Sedes a nemine judicatur).

Antes de responder o dito argumento, deixe-me observar que ele é ao mesmo tempo radical e deletério. Ele é radical porque nega de antemão a mera possibilidade de propor a questão do herege manifesto. Ele também é deletério, porque destrói com a única base sólida para a Tradição justificar sua insubmissão àquele que eles chamam de Papa.

Realmente, se não somos capazes de identificar um herege manifesto quando vemos um, então somos incapazes de identificar heresias também, porque o herege não é senão alguém que ensina heresias. Logo, quem somos nós para dizer o que é herético e o que não é? Isso deve ser determinado pelo Magistério dos Papas e dos Bispos Católicos. Mas aqueles que os tradicionalistas reconhecem como Papa e Bispos da Igreja Católica hic et nunc, unanimemente consideram as doutrinas e práticas conciliares como o catolicismo autêntico, ou seja, somos obrigados a aceitar todas as enormidades que eles dizem. E deixe-me cortar de antemão as asinhas daqueles noguelitas que apressam-se em  b

Deixe o seu comentário