1. Eu não apoio o Sínodo da Amazônia, porque ele não é realista. Tanto o seu Documento Preparatório quanto o seu Instrumento de Trabalho tratam a Amazônia como se ela fosse o jardim do Éden e falam dos índios como se eles não tivessem sido afetados pelo pecado original. Mas essas ideias não correspondem à realidade dos fatos.
O clima extenuante da região amazônica, somado a sua distância da civilização, favorece o vício e o caos, bem como uma de suas mais notáveis consequências: a violência. Essa é uma observação que não escapou aos olhos de Sua Santidade o Papa São Pio X. Assim disse ele na encíclica Lacrimabili Statu: “Para tornar os ânimos tão ferozes decerto influi a cobiça do lucro, mas não menos contribuem a natureza do clima e a posição dessas regiões. De fato, sendo aqueles lugares sujeitos a uma atmosfera tórrida, que inoculando certo langor nas veias, quase parece enfraquecer a força da mente e, encontrando-se longe de qualquer prática religiosa, da vigilância do Estado e quase do próprio consórcio civil, facilmente acontece que, se alguns de costumes não pervertidos vão para lá, em um curto período de tempo começam a se depravar e, pouco a pouco, quebradas todas as restrições do dever e das leis, precipitam-se em todos os excessos do vício.” (São Pio X, Lacrimabili Statu, 7 de junho de 1912, disponível em: http://w2.vatican.va/content/pius-x/it/encyclicals/documents/hf_p-x_enc_07061912_lacrimabili-statu.html)
Reconhecer essa deficiência do território amazônico é mérito de pessoas sensatas, infelizmente os redatores sinodais não estão entre elas! Eles preferem divinizar o território chamando-o de local teológico… Claro que eles vão fazer isso em salas com ar condicionado, de preferência no centro de Roma, bem longe do calor da Amazônia.
2. Eu não apoio Sínodo da Amazônia, porque ele não é patriótico. Os documentos sinodais criam um conceito supranacional de Amazônia e não reconhecem o papel fundamental dos governos que trabalham para a preservação e pacificação desta região. Em vez de elogiar os seus esforços e contar com sua colaboração, o documento faz denúncias genéricas e infundadas e, de maneira bem demagógica, promete escutar os pobres, ao mesmo tempo que se faz surdo ao Estado e aos empresários que obviamente podem fazer mais pelo povo pobre do que os demagogos de plantão prometem fazer. Essa atitude contraproducente e rebelde do Sínodo está em total desconformidade com o modo inteligente e eficaz de proceder adotado por São Pio X, o qual defendeu o povo amazônico apelando não somente para a fé das pessoas, mas também para o patriotismo.
3. Eu não apoio o Sínodo da Amazônia, porque ele é comunista. Os redatores dos documentos sinodais usam e abusam da bandeira verde para melhor ocultar a sua agenda vermelha. Fomentar um movimento que não reconhece fronteiras nacionais e aproveitar-se dos defeitos locais inerentes a qualquer sociedade humana para gerar um sentimento de insatisfação geral, fazendo as massas correrem atrás de uma ilusão fatal, de uma utopia sem sentido, de uma quimera política que por certo conduz a um totalitarismo internacional, impessoal e implacável… Essa parece ser a meta do Sínodo da Amazônia. As suas contínuas alusões às Conferências de Medelin e de Puebla, celeiros da Teologia da Libertação na América Latina, não permitem entender o Sínodo de outra maneira: a bandeira verde do Sínodo está a serviço da agenda vermelha dos comunistas.
4. Eu não apoio o Sínodo da Amazônia, porque ele é naturalista. A mãe natureza, agora chamada de Mãe Terra, Casa Comum ou Pan-Amazônia, é posta no lugar da Divina Providência; os valores do bom selvagem rousseauniano e a alegada sabedoria ancestral das tribos locais vêm em substituição da Revelação sobrenatural de Jesus Cristo, como se os conselhos de homens valessem mais do que a sabedoria eterna de Deus.
5. Eu não apoio o Sínodo da Amazônia, porque ele é ímpio quando, em afronta aos sacrossantos mandamentos de Deus, louva de novo e de novo a idolatria e a superstição dos índios como se elas fossem expressões culturais legítimas e também quando elogia as entradas do protestantismo na Amazônia, sem sequer se importar com os efeitos desastrosos de seus erros sobre os indivíduos e a sociedade como um todo.
6. Eu não apoio o Sínodo da Amazônia, porque, nas palavras de São Pio X, ele discute “sobre adaptação aos tempos em tudo, no falar, no escrever e no pregar uma caridade sem fé, muito terna aos incrédulos, que abre a todos infelizmente o caminho da eterna ruína.” (São Pio X, Discurso aos Novos Cardeais, 17 de abril de 1907, disponível em https://atomic-temporary-119377649.wpcomstaging.com/2018/11/06/sao-pio-x-denuncia-o-modernismo-do-vaticano-ii/) Adaptação que chega ao cúmulo de sugerir uma Igreja sem dogmas, um sacerdócio sem celibato e mulheres sem limites, ocupando papéis que não lhes convém.
7. Eu não apoio o Sínodo da Amazônia, porque ele é mais uma etapa no plano de construir uma Igreja sinodal, onde as determinações dos bispos, inclusive do Papa, começam e terminam no povo – plano baseado no jargão revolucionário: “todo o poder vem do povo”. É uma democratização da Igreja que deseja esvaziá-la de tudo o que ela tem de sobrenatural, um golpe que visa abolir na prática a monarquia papal de direito divino. Antes de Francisco, esse projeto teve o heresiarca Paulo VI como seu mais vigoroso advogado, foi ele que instituiu o sínodo dos bispos hoje tão utilizado e foi ele que simbolicamente depôs a tiara papal, a coroa que representa os poderes do Papa como Vigário de Cristo sobre a Terra.
Os escândalos que hoje deixam pasmos até mesmo os não católicos têm sua origem no Concílio Vaticano II, promulgado pelo mesmo Paulo VI em 1965. O Sínodo da Amazônia é mera consequência desse evento subversivo por excelência, que colocou o culto do homem no lugar do culto de Deus. A ecologia integral de Francisco-Bergoglio é mera consequência do humanismo integral de Paulo VI.
Eu não apoio o Sínodo da Amazônia e porque eu não apoio o Sínodo da Amazônia, eu não vou entregar o meu dízimo em paróquias que o apoiam, eu não vou patrocinar com o meu dinheiro mais essa revolução dos padres modernos.
Basta! Eu vou ajudar padres tradicionais, que ensinam a doutrina de sempre sem compromissos com os erros modernos. Eu vou ajudar sacerdotes que não são politicamente corretos e nem tem qualquer cumplicidade com aqueles que o são. Eu vou ajudar padres que condenam pública e abertamente os erros grotescos do Concílio Vaticano II e do Sínodo da Amazônia. Assim eu tenho certeza que estou ajudando verdadeiros ministros de Jesus Cristo e não sustentando a uma tropa de paus-mandados a serviço das forças anticristãs.