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LEÃO NÃO FALOU PELA BOCA DE PEDRO HENRIQUE DE LIMA:
  • Publicado em 11/12/2018
  • Por Diogo Rafael Moreira

Há refutações e refutações. A refutação escrita pelo sr. Pedro Henrique de Lima, o mesmo autor do vídeo "Eu acuso Olavo de Carvalho e amo a sua filha", pertence ao número daquelas que não merecem mais do que uma ligeira nota.

Em meu artigo, Leão não falou pela boca de Pedro Dimond, provei por A + B que o Papa São Leão Magno empregou o termo "água do batismo" em sentido místico, isto é, como a purificação da alma. O Papa, disse eu, apoiado no bom senso e no ilustríssimo Cornelius a Lapide, não está se referindo propriamente ao sacramento do batismo, não não não, ali ele está se referindo a um fruto da Paixão de Cristo simbolizado pela água. A conclusão então é bem simples: não é justo utilizar a dita Carta de São Leão Magno a Flaviano como um argumento contra a doutrina católica sobre o batismo de desejo. Motivo: ele não está falando sobre o assunto. Eis então que o Papa São Leão realmente não falou pela boca de Pedro Dimond.

Mas o sr. Pedro Henrique de Lima me chamou de ignorante por desprezar os outros sentidos possíveis. Empregando os conceitos de camada de significado e simbolismo sacro, vulgarizados aqui no Brasil principalmente por Olavo de Carvalho, ele veio me informar que, no contexto mais amplo das três testemunhas (1 João 5, 8), a água também poderia significar o sacramento do batismo.

Ora bem, o que o sr. Pedro Henrique de Lima não disse foi o seguinte: na verdade, o ignorante aqui não só notou o tal sentido, como também o denominou "sentido alegórico" (termo superior ao vago "simbolismo sacro profundo" de que ele fala em seu texto). Como está lá no artigo nosso, neste sentido alegórico, as três testemunhas (água, sangue e espírito) significam respectivamente o Batismo, a Eucaristia e a Penitência. Esses são os sacramentos que mais concorrem para a nossa justificação e mais claramente indicam o mistério da Encarnação e Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. No mesmo artigo também mencionei o sentido literal, o qual significa, segundo a interpretação mais segura, o sangue e a água manados do lado aberto de Cristo e o espírito que Nosso Senhor entregou ao Eterno Pai. Ainda no artigo, demonstro que nem o sentido literal, nem o sentido alegórico e muito menos o sentido místico apoiam a interpretação errônea e patentemente desonesta do Ir. Pedro Dimond.

O sr. Pedro Henrique de Lima não prestou atenção nessas coisas, porque na quase totalidade de seu artigo esteve muito ocupado divagando sobre o Segundo Mandamento e o simbolismo a la René Guénon.

Em suma, o meu argumento se fundamenta nas Escrituras, na Patrística e na fina-flor da Exegese Católica, ao passo que o argumento de nosso oponente, sem notas de rodapé e sem precisão de linguagem, fundamenta-se em Olavo de Carvalho e René Guénon. Deixo ao leitor prudente julgar quem de nós é o mais ignorante e qual ignorância é a mais culpável.

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