Latim Eclesiástico: Pater Noster, Ave Maria e Credo

Para satisfazer o pedido de muitas pessoas, que me pedem para ensinar orações e cantos em latim, aqui vai o primeiro vídeo feito com a intenção de mostrar cabalmente, passo a passo, como aprender a dizê-las corretamente.

Como uma criança que aprende a falar com o seu pai e sua mãe, aprendamos a língua da Igreja começando por aquelas fórmulas consagradas que nos foram ensinadas pelo nosso Pai do Céu e a Santa Madre Igreja, a saber, o Pater Noster, a Ave Maria e o Credo.

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A Pronúncia do Latim Eclesiástico: Como dizer as orações em latim

Algumas almas que muito estimo me pediram para explicar como dizer as orações em latim. Não encontrei melhor maneira de fazê-lo que esta de ensinar algumas noções de pronúncia do latim eclesiástico.

Por latim eclesiástico entendo o latim como língua viva e universal de nossa santa religião católica, a língua por excelência da Liturgia da Igreja e do Magistério Romano, o latim posto em sonoros versos no Gregoriano e em clara e assaz persuasiva prosa nos textos dos Santos Padres e Doutores Escolásticos; o latim do Ofício Divino e da Vulgata de São Jerônimo; o latim, este latim majestoso e pio, preciso e profundo, que é a língua de impérios de homens e de almas.

A pronúncia do latim eclesiástico é muito semelhante à pronúncia do português. Contudo, há sim algumas diferenças notáveis que costumam ser uma pedra de tropeço para os iniciantes. Eis algumas delas:

1 – O ti seguido de vogal tem o som de ci (Deo gratias, Lectio Epistolae Beati Pauli Apostoli, in patientia vestra possidébitis ánimas vestras, lê-se gracias, Lec-cio, paciencia).

2 – O æ e œ tem sempre som de é (qui laetificat juventutem meam, in saecula saeculorum, lê-se létificat, sécula, séculorum).

3 – O ce, ci, cæ e cœ tem som de tche, tchi (Requiescat in pace, Caro mea vera est cibus, lê-se patche, tchibus).

4 – O j no latim tem sempre o som de i (Láudetur Jesus Christus, Et nubes pluant Justum, lê-se Iesu, Iustum).

5 – O h normalmente é mudo como no português, mas soa como k em mihi (a mim) e nihil (nada). Exemplos: Da mihi animas cetera tolle, nihil obstat, lê-se miki, nikil.

6 – O sc normalmente se pronuncia como em português (scutum veritas ejus, Pascha, Schola Cantorum), mas quando vem acompanhado de e ou i pronuncia-se como ch (De scientia Christi, descendit ad inferos, lê-se chiencia, dechendit).

7 – O ge e gi tem som de dge e dgi (Sancta Dei Genetrix, Salve Regina, lê-se Dgenetrix, Redgina).

8 – O gn tem sempre som de nh (Agnus Dei, fecit mihi magna qui potens est, lê-se anhus, manha).

9 – O x tem sempre o som de ks (Domine, exaudi orationem meam; pax tecum, lê-se eksaudi, paks).

10 – O ch tem sempre som de k (Christus vincit, Christus regnat, Christus imperat, lê-se Kristus).

Para terminar, seguem três observações importantes para a pronúncia perfeita do latim eclesiástico:

1.ª – Tudo na latim é muito bem pronunciado. Inclusive o s e o m no final das palavras, como em Sanctus, animam meam.

2.ª – É muito comum acontecer de uma palavra terminar em consoante e a seguinte começar em vogal, neste caso elas são pronunciadas como se fossem uma mesma palavra. Por exemplo: Domine ad adjuvandum me festina, lê-se adadjuvandum; Sicut et nos dimitimus, lê-se como sicutét.

3.ª Em latim ou o acento cai na penúltima sílaba como em hábeo (eu tenho), ou na antepenúltima sílaba como em légere (ler). O segredo está em saber quando é um caso e quando é outro. Percebo que nós falantes de português temos a tendência de acentuar muitas vezes a penúltima quando na realidade se deve acentuar a antepenúltima, como em hominibus (aos homens), onde a pronúncia correta é honibus, mas não raro se ouve homibus. Porém isso não é um grande problema, pois os Missais e partituras geralmente indicam onde cai o acento com o sinal que usamos em português para indicar o acento agudo.